quinta-feira, 30 de maio de 2019

A DEPENDÊNCIA DAS REDES SOCIAIS




Antes de iniciar o texto, gostaria de esclarecer um conceito.. Estou falando de redes sociais, de comunicação virtual, não necessariamente de tecnologia. Podem acreditar, mas alguém que passa mais de oito horas na frente de um computador mas não faz parte de uma rede social, traz uma situação completamente diferente de alguém que faz. E é deste comportamento, o do integrante da rede social, que farei meu comentário.

Um dos preceitos básicos do ser humano, não importa que personalidade, é o da firmação social.

Isto significa conquistar um lugar em meio aos outros, ser amado e respeitado. Nenhuma novidade. Para isto é necessário o preceito da comunicação - seja através da fala, das letras, das roupas ou de qualquer item que consiga formar um pensamento na cabeça de outra pessoa.

No entanto, temos limitações.

Questões como a introversão, a comunicação disfuncional - seja por qualquer motivo que seja - oratória ruim ou até condutas de contracultura, acabam afastando o ser humano deste objetivo. Foi então que surgiu uma solução mágica, rápida e funcional - a comunicação virtual. Lá eu não preciso me preocupar com minha aparência, com meu nível de inteligência, se sou charmoso ou se o tom de minha voz agrada ou não. Posso ser totalmente quem eu quiser. E isso acaba gerando um espetáculo esquizofrênico, que toma horas preciosas de nosso dia e nossa saúde.

Pessoas que observam essas pessoas virtuais dia e noite. Discutem. Fazem humor. Tristeza.

Tudo aquilo que acontece aqui fora, na chamada realidade, também acontece lá dentro. A grande diferença está justamente na veracidade das coisas. Pois se já vivemos em um mundo onde temos por natural distorcer a realidade das coisas, imagine um do qual podemos fazer isto com bem mais facilidade e poder. Parece maravilhoso.

No entanto tudo isto não passa literalmente de uma droga. Um analgésico/alucinógeno que nos faz criar a realidade paralela da qual sonhamos ou mesmo, detestamos. Os comportamentos nas redes sociais são variados - dentre aqueles que usam elas como prazer, como aqueles que praticam o próprio masoquismo, vendo coisas que lhe causam sofrimento. 

Cuidado.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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