O QUE É DEPRESSÃO? COMO CURAR?

Este texto é uma singela homenagem aos meus colegas criadores de conteúdo - juntamente com a tentativa de expressar às pessoas leigas uma visão pertinente desta doença, tão comentada nos dias atuais.

A verdade é que depressão é...bem, não se sabe de forma consensual exatamente do que se trata.

Nos guias médicos de doenças, existem cerca de cinco tipos de doenças que utilizam o termo "depressão". No entanto, às vezes a palavra está no título, - normalmente acompanhado de "Transtorno" - às vezes nos sintomas de outra doença - hipotireoidismo e epilepsia - por exemplo. Acaba ficando difícil chegar à uma visão geral.

Também há quem diga que a Depressão é uma forma de loucura.

A psicanálise se utilizava do termo "Melancolia" para se redigir ao que hoje chama de Depressão, definindo ela de forma filosófica schopenhaueriana como "ver a vida exatamente como ela é". Para estes psicanalistas, o que nos impede de sermos "depressivos" é justamente nossa capacidade de sonhar e fantasiar - imaginar coisas que estão aquém da realidade de nossos sentidos. Sem isso, seríamos loucos, depressivos e melancólicos.

O curioso é que algumas pessoas do meio da informação expressam algo tão difícil, com a maior facilidade do mundo.

Psiquiatras, psicólogos e psicanalistas e até mesmo outras profissões, como jornalismo e coaching, buscam ceder esta informação ao povo e fazem de forma generalista, simples e matemática - como uma operação de soma.

Mas então como saber o que é Depressão?

A única forma de entender este conceito é você e seu terapeuta fazendo um trabalho conjunto. Sozinho ou para seu amigo, você não irá encontrar mais do que uma informação generalista - que dificilmente se aplica ou se define ao indivíduo que você busca. Cada um de nós se torna depressivo de uma forma - com seus próprios e singulares sintomas. Desnecessário buscar informações ou mesmo soluções mirabolantes.

Faça terapia e, um dia, torcendo para que não, talvez você aprenda o que é depressão.

Sua depressão.

Psicólogo Jean Fernandes, contato: (54) 99171 9492

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MEDITAÇÕES I

Neste período onde tanta informação circula, em de meus primeiros momentos do dia, uma delas vem até mim, despertando um momento de reflexão.

Tratava-se de questionamentos sobre interpretações bíblicas, sobre o que é verdade ou não é, etecetera e etecetera.

Meu primeiro movimento foi analisar se aquele texto havia de ter alguma veracidade. Interessado pelo assunto e estudante que sou, comecei então a ler e questioná-lo, da mesma forma que sua própria temática. Quando terminei, ainda que pudesse ter observado pertinências e erros, a grande conclusão havia de ter chegado em minha mente.

Primeiro sobre meu passado, quando fazia práticas exatamente como aquelas ali e que, no final das contas, não me levariam a lugar nenhum - de início.

Por sorte, percebi que sim, havia uma forma de fazer com que estas leituras tivessem proveito em minha vida. Algo que talvez pareça confuso assim falando, mas extremamente simples.

O segredo é apenas um: receber a comunicação.

Às vezes, principalmente em assuntos polêmicos como política e religião, nosso senso crítico acaba virando um cavalo indomável perante certas informações. Depois de tanto este estilo de vida sugar meu esforço, aprendi que por trás de cada expressão que alguém cria, há um ser humano com uma intenção. Pode ser saudável, doente, não importa. Mas o melhor mesmo é tentar entendê-la e depois compreender o porquê foi escrita. Ainda que eu discorde de tudo.

Tudo isto me trouxe paz. Hoje consigo ler sobre a maioria dos assuntos, transitando tranquilamente entre o que concordo e discordo. De emotivo ou intelectual, passou a se tornar divertido.

E você? Que tal caminhar comigo em lugares da mente que não conheces? Ou que apenas achas que realmente conhece?

Vamos juntos na Jornada da Alma. Minha profissão.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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TEXTO TÉCNICO - AS FALHAS DA NEUTRALIDADE E DA ATIVIDADE

Este material é um artigo dedicado à profissionais principalmente da área da saúde. Mas nada impede que qualquer pessoa desfrute de seu conteúdo. Grato.

De forma voraz, os grandes aprendizados provém da combinação harmônica entre prática e teoria - ambos em sua medida certa para cada situação. E não, nenhum possui mais importância do que outro. É apenas circunstancial. No geral, quanto mais de ambos, melhor. E quanto mais este material se expande para campos desconhecidos, melhor ainda. A chave do conhecimento é não fechar a mente para o descobrir.

Monsieur Jean-Jacques Lacan, psicanalista, afirmava sobre a plena impossibilidade do ser humano de ser totalmente neutro e imparcial em qualquer atividade que fosse - o individual sempre estaria ali, de forma consciente ou não. Porém em suas metodologias, Lacan e seus discípulos sempre trataram de manter uma boa distância afetiva do paciente para evitar os problemas transferenciais, como o tratamento médico se tornar uma relação pessoal - algo antiético e quase sempre, patológico.

No geral, algo paradoxal se pensarmos na relação individualidade presente x distância prática.

Lacan poderia estar até correto, mas no quesito prático, acabou exagerando, não se permitindo colher todas as coisas boas e de suma importância que o afeto/vínculo entre paciente e terapeuta traz. Seu pensamento, sem dúvidas é uma referência, mas a distância em excesso é desnecessária, atrasa e pode ser até disfuncional. Concluo que sim, é necessário uma aproximação com o paciente para seu bem-estar. Trata-se de equilíbrio e cintura, nada mais.

Do outro lado, vemos o sistema de organização das psicoterapias cognitivas.

Muitas delas trabalham com questões como a mudança comportamental sendo uma meta do próprio psicólogo - como se ele, mesmo que de forma indireta, forçasse o mesmo a ir por suas próprias interpretações. E somente por elas.

Ora, o único que sabe a mais adequada interpretação e o ritmo para lá chegar é o próprio paciente. Ainda que dê mil voltas ou que nem lá mesmo chegue, quem deve gerar esta realidade é o paciente. Caso contrário, ali não estará acontecendo uma psicoterapia, mas uma "psico-outra-coisa".

Pode até ser que o paciente se sinta bem com as mudanças induzidas pelo psicólogo, no entanto, como foi algo tendencioso, sempre correrá o risco de que elas não pertençam à sua individualidade legítima - sendo assim nada mais que pontos de vista de uma pessoa aplicados em outra que, frágil, deixa sua mente à mercê da primeira. Tudo isso podendo trazer consequências.

O maior de todos os males é o extremismo.

Nem menos, nem mais. O Caminho é sempre pelo Meio.

Psicólogo Jean Fernandes, contato: (54) 99171 9492

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O PERFIL INVASIVO - "SE METENDO NA VIDA DOS OUTROS"

Um dos grandes sintomas coletivos, inimigos de qualquer saúde ou até mesmo de outros setores da sociedade, sem dúvidas é o chamado perfil invasivo - aquela pessoa que se sente no direito de tomar decisões por outras sem sequer ouvi-las e assim o faz. Como em uma espécie de ditadura.

As ações desta característica são um dos maiores inimigos da formação da personalidade individual humana - a capacidade de "tornar-se pessoa", como cita o psicólogo Carl Rogers.

No momento que permito que outro tome à frente de minhas escolhas, mesmo eu sabendo que tenho plena consciência já para fazê-las, estou me anulando, me impedindo de ser eu mesmo, o que certamente acaba tendo consequências em meu bem-estar.

O melhor sempre a fazer é evitar que isto aconteça. Dialogar com a pessoa e propor uma mudança de comportamento, que é atingida através de prática ou mesmo com a ajuda de uma psicoterapia - afinal, às vezes a pessoa é assim justamente por deter características mal-resolvidas.

Mas caso a mesma não se disponha a assim fazer, a solução principal é se impor - ser quem você devidamente é sem medo de desagradar.
E claro, manter a prática do ceder, caso contrário, a própria pessoa sem voz pode acabar se tornando o ditador.

Psicólogo Jean Fernandes, contato: (54) 99171 9492

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PORQUE VOCÊ (NÃO) SABE O QUE É O AMOR

O conceito de amor e relacionamento que nos é ensinado através da cultura e do entretenimento se baseia no romantismo. O problema é que as pessoas acabam esquecendo o que exatamente significa a palavra romance. 
Fantasia. Ilusão. Algo que (ainda) não é realidade.

Para completar, o estímulo "amoroso" mais forte é o chamado "platônico" - algo que queremos, mas não temos e caso conseguimos, parece que tudo desaparece. Tem certeza que isto realmente é amor?

Por fim, chegamos a um ponto mais racional - quando acredito que amo alguém, EXIJO que esta outra pessoa me ame de volta, se não, simplesmente não amo. Quando ouvimos o conceito amoroso de ser o sentimento mais lindo que sentimos, ao meditar sobre este último conceito, acaba parecendo egoísta e contraditório. Definitivamente, para mim isto não é amor. É literalmente romance, fantasia, desejo e paixão, mas não amor.

Mas então o que exatamente seria?

Na verdade você conhece este sentimento melhor do que imagina, na maioria dos casos. Você tem filhos? Tem uma boa relação com seus pais, irmãos ou amigos, de nível que mesmo que a pessoa tenha lhe ofendido profundamente, você ainda a acobertaria em um dia de frio? Pois bem, isto é amor. Amor verdadeiro. Se este tipo de amor fosse a base dos relacionamentos, eles seriam bem mais duradouros, mais produtivos. Mais verdadeiros.

E é claro que a sensualidade e o erotismo estão incluídos nisto tudo. O erro mesmo é quando fantasiamos e criamos uma realidade que não existe - quando queremos que a pessoa que amamos, seja a que queremos e não ela própria. Queremos que ela nos ame. Queremos "a", queremos "b" dela.

Que tipo de "sentimento mais lindo" que opera com condições? Não, isto não é amor.

Menos egoísmo, menos controle, menos condições.

O único amor verdadeiro é o incondicional. É amar seu pássaro, mesmo que ele voe para longe - por mais que doa em nosso ego, em nossa vaidade.

No final das contas, amor é muito mais do que quem somos ou quem queremos ser.

Incondicional.

Psicólogo Jean Fernandes, contato: (54) 99171 9492

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QUANDO IR AO PSICÓLOGO?

Infelizmente, sequelas do desenvolvimento científico fizeram com que associássemos o tratamento com profissionais da saúde (como o médico, fisioterapeuta e psicólogo) à existência da doença, dos sintomas e do mal-estar.

O ideal não era para ser assim. Prevenir sempre é melhor do que remediar.

Isto significa que, da mesma forma que de tempos em tempos, o famoso check-up médico geral é muito bem-vindo para analisarmos nossas condições, ainda que não estejamos apresentando sintoma algum, o mesmo acontece com a ida ao psicólogo.

Em uma cultura que vangloria o individualismo, o orgulho e a vaidade como a nossa, acabamos por ter dificuldade de admitir que às vezes precisamos de um ombro amigo - um ombro profissional - para nos ajudar a ver como realmente somos e estamos, pois sozinhos dificilmente conseguimos saber. A psicoterapia é uma forma de conversarmos conosco próprios e saber realmente como estão as coisas em nossa vida.

Lhe convido a participar desta prática. Sua saúde mental agradece.

Tanto faz se você (acha que) está bem.

Psicólogo Jean Fernandes, contato: (54) 99171 9492

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ACONTECE FORA DO CONSULTÓRIO

Muitas pessoas ao frequentarem sessões de psicoterapia detém a expectativa de que farão a sessão e de lá sairão "curadas" em poucas tempo. Uma realidade compartilhada por tantas outras áreas profissionais, nesta era de informação e ansiedade.

Porém, existem dois fatores que são cruciais na sapiência de todos, para que saibam o que esperar ou não, seja do psicólogo, seja de qualquer profissional do qual não possui informação.

Aquilo que chamamos de "cura" não está dentro do consultório. Tampouco no próprio psicólogo.

Diferente do que se popularmente acredita, psicólogos não dão conselhos, opiniões ou direções do que você deve fazer com sua vida. A dialética que lá acontece lembra uma espécie de "espelho", onde o paciente metaforicamente fala consigo mesmo, ao mesmo tempo em que se ouve - isto através das técnicas impregnadas pelo psicólogo.

A psicoterapia é mais ou menos isto: um diálogo que temos para conosco, do qual sozinhos e/ou somente com nossos pensamentos não somos capazes de chegarmos a verdades produtivas.

E por mais que haverão sessões que o paciente sairá do consultório aliviado, haverão outras que acontecerá justamente o contrário - pois somos constituídos tanto de luz, como escuridão.

E não é necessariamente neste momento que os resultados brotam. Na verdade eu poderia dizer que isto acontece até bem distante dali, em tempo e espaço.

É justamente na nossa vida cotidiana, em nosso trabalho, relacionamentos e até mesmo quando meditamos sobre nossa própria imagem que a cura acontece - tudo isso dependendo se estamos conseguindo nos entender com nós próprios, enquanto conversamos no consultório.
Quando estamos com problemas e insatisfações e, conforme a terapia vai seguindo, passamos a enxergar toda esta realidade cotidiana, antes perturbadora, cada vez mais leve e agradável. A psicoterapia funciona assim. A cura funciona assim.

Você gostaria de mudar a sua realidade? Procure um psicólogo.

Psicólogo Jean Fernandes, contato: (54) 99171 9492

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SONHOS COM ANIMAIS

Dentre os símbolos mais presentes no universo dos sonhos, os animais acabam tendo uma posição de destaque.

Não só pela frequência - principalmente no período da meia-idade - seu significado representa o que é mais primitivo e universal de nossa espécie humana.

A própria questão do significado, é um tanto quanto pessoal e temporal. A serpente, por exemplo, um dos animais "mais sonhados" pode representar tradicionalmente questões sexuais, de poder (conhecido como "fálicas") e negativas, associadas ao mito bíblico de Adão e Eva.

Porém, também pode representar a grandiosidade de um período de esforço que resultou ou resultará em uma grande conquista - representado pela sua semelhança com seu irmão, dragão, através do mito japonês da carpa e do rio.

Estes dois exemplos são apenas uma pequenez diante do mar de representações que este animal possui em todas as culturas e tempos, nos lembrando o quão variante nossa mente pode ser e o quão nem sempre o significado das coisas caminha pelo local, tradicional, conservador.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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DESPERSONALIZAÇÃO

Mais uma vez, tal situação psicológica possui sua via a nível patológico ou não, onde por fator estatístico - para que vocês percebam melhor sua existência - me focarei mais na segunda opção.

A despersonalização é uma característica de personalidade da qual o sujeito se abstém de seu eu individual em detrimento de algo como uma ideologia ou um "eu coletivo", por assim dizer. Isto quer dizer que quando chego nesta situação, minhas opiniões próprias, senso crítico, forma de pensar e até mesmo de lembrar e planejar será orquestrado pela forma de pensamento desta ideologia e seus ensinamentos.

Mas por que isto acontece?

Eu poderia citar duas variáveis. A primeira delas é a clássica necessidade de firmação social - o desejo do homem de obter um papel em algum grupo e ser aceito, amado e protegido, algo bem antropológico e primitivo. No entanto a questão mais marcante acaba ficando na segunda: nos rendemos a este "eu coletivo" (chamado na psicologia de "complexo") normalmente quando nosso "eu individual" está enfraquecido por questões neuróticas.

Isto quer dizer baixa autoestima e confiança no geral, acompanhados de sintomas de várias doenças mentais como depressão e ansiedade ou até mesmo, psicoses, dependendo do nível. Pessoas insatisfeitas consigo mesmas, que enxergam monstros ou mesmo, nada, ao refletirem sobre quem são, acabam vendo os grupos sociais e ideologias como as soluções mais adequadas para suas angústias.

No entanto, se você está insatisfeito com sua vida e principalmente com você mesmo, não é nenhuma religião, ideal político, gangue urbana ou afins que possui a capacidade de "lhe devolver a você próprio". Por ser uma questão complexa, o tratamento psiquiátrico e a psicoterapia acabam sendo os caminhos mais indicados.

No entanto, por literalmente "não estarmos ali", dificilmente percebemos se estamos passando por uma situação como esta. Espero que meu texto possa ter feito alguém refletir sobre.

Será que tenho sido eu mesmo e vivido a minha vida ou não tenho passado de uma marionete de uma ideia?

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A PERSONALIDADE OBSESSIVA

Há uma distância considerável de alguma característica humana em nível "patológica" de, por assim dizer, "normal". Por isso saliento que não estou falando do Transtorno Obsessivo-Compulsivo, popular "TOC". Doenças, patologias são bem diferentes de características de personalidade - que muitas vezes são propriamente vistas erroneamente como doenças pelo senso comum. 

A personalidade obsessiva se define por aquela da qual a pessoa "cria" objetivos, que vão desde os racionais e produtivos até os sem sentido e irracionais, e dificilmente os tira de seu objetivo de ação até que estejam devidamente cumpridos.

Como já descrito, há um ponto positivo e um negativo nesta característica. Seu portador deve trabalhar para reforçar o positivo e se desapegar do negativo, por mais difícil que certamente será. Praticar e desenvolver o autocontrole é sempre um bom caminho.

Caminho do qual, às vezes é melhor trilharmos com uma boa companhia.

Que tal o psicólogo e uma boa terapia? (Obs: e não, você não está ou é doente por ser assim. Ao menos por enquanto). 
Psicólogo Jean Fernandes, contato: (54) 99171 9492

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