domingo, 3 de novembro de 2019

JULGAR



"Portanto, és indesculpável, ó homem, sejas quem for, quando julgas, porque a ti mesmo te condenas em tudo aquilo que julgas no teu semelhante; pois tu, que julgas, praticas exatamente as mesmas atitudes."

Romanos 2:1, Bíblia Cristã

Não é novidade para ninguém que as religiões, o ateísmo, a ciência e até mesmo a arte apresentam, em essência, semelhanças que parecem emergir o mesmo sentido, mudando somente a cultura, o idioma e a localidade. Por isso, ainda que você despreze outras crenças que não sejam a sua, ao fazer, estará fazendo, indiretamente, com a tua própria.

E este é o sentido deste texto.

Nos símbolos míticos e religiosos, sempre parece haver uma figura de sabedoria e bondade incondicional, que tem como tarefa direcionar a raça humana à paz. Jesus Cristo, da religião cristã pode ser considerado o mais famoso hoje em dia, assim como Moisés, tanto para os cristãos, como para os judeus.

Por sua influência, prefiro usar como referência a figura de Jesus.

Dentre suas tantas lições e ensinamentos, no mundo de hoje em dia ressalto sobre sua história com Maria Madalena, enquanto fala sobre o preceito humano de "nunca errar". Jesus ainda reforça essa tese no chamado Sermão do Monte, quando fala sobre o conceito de "dar a outra face" ao recebermos o tapa.

E assim acredito, religioso ou não, que se estes preceitos de não-julgamento ou de se combater a violência com a paz fossem seguidos, de fato, o grande objetivo de Cristo seria atingido - idem, objetivo da humanidade, ou seja, sua mais profunda paz. Ou pelo menos, boa parte dela.

Julgue menos ou não julgue. Não responda a maldade com maldade.

Depois me conte os resultados. Principalmente se fores cristão.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

SONHOS COM ANIMAIS


SONHOS COM ANIMAIS

Dentre os símbolos mais presentes no universo dos sonhos, os animais acabam tendo uma posição de destaque.

Não só pela frequência - principalmente no período da meia-idade - seu significado representa o que é mais primitivo e universal de nossa espécie humana.

A própria questão do significado, é um tanto quanto pessoal e temporal. A serpente, por exemplo, um dos animais "mais sonhados" pode representar tradicionalmente questões sexuais, de poder (conhecido como "fálicas") e negativas, associadas ao mito bíblico de Adão e Eva.

Porém, também pode representar a grandiosidade de um período de esforço que resultou ou resultará em uma grande conquista - representado pela sua semelhança com seu irmão, dragão, através do mito japonês da carpa e do rio.

Estes dois exemplos são apenas uma pequenez diante do mar de representações que este animal possui em todas as culturas e tempos, nos lembrando o quão variante nossa mente pode ser e o quão nem sempre o significado das coisas caminha pelo local, tradicional, conservador.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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terça-feira, 4 de junho de 2019

HONRA


HONRA

Quando iniciei minha vida adulta, depois da adolescência, eu acreditava que as coisas eram simplesmente como tinham que ser.

De verdade.

Se a regra era de que para ser atendido no banco, na fila a pessoa deveria esperar, assim deveria ser - jamais eu imaginava que poderia ser de outro jeito.

Isto não quer dizer que eu fosse perfeito ou não desobedece meus pais ou as regras de minha escola - mas era assim que eu imaginava que o adulto deveria ser.

A infância e a adolescência eram escolas de conduta, em minha cabeça, para que ao crescermos, todas as nossas falhas estivessem corrigidas. Só que este meu ponto de vista era, digamos, mais social do que individual. Como citei no exemplo da fila, quando íamos pagar uma conta e ela era certo valor, certo valor que deveria ser pago. Nem mais, nem menos. Não imaginava coisas como "pechinchar" ou "negociar". Aquilo que era, era o que deveria ser.

Da mesma forma, o estudo.

Aquele que tirasse notas boas, tenderia a ter um bom emprego e receberia um bom dinheiro. Havia uma ligação matemática em minha cabeça entre notas, conhecimento e sucesso profissional. Assim era ensinado por nossos pais e professores, assim deveria ser. Totalmente simples.

No entanto quando cresci e conforme fui vivendo, conhecendo a sociedade e percebendo que o adulto era honradamente inferior à criança e ao adolescente, fiquei abismado. Levei anos para aceitar e ainda mais me adaptar, caso contrário, seria engolido. Hoje, conciliar honra, sucesso e paz é um verdadeiro desafio. Muitos acabam abrindo mão de algum dos três - o preferido sendo a honra.

Apesar deste choque ideológico que vivi, ainda tenho a honra como o sentido de minha vida. E nada nem ninguém me fará pensar diferente. Mesmo que eu viva em um mundo onde ela foi completamente esquecida. Ridicularizada.

A vida então segue. Vou caminhando e carregando o cerne de minha alma, que diz:

Uma vida sem honra, é uma vida sem vida.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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quinta-feira, 30 de maio de 2019

A DEPENDÊNCIA DAS REDES SOCIAIS




Antes de iniciar o texto, gostaria de esclarecer um conceito.. Estou falando de redes sociais, de comunicação virtual, não necessariamente de tecnologia. Podem acreditar, mas alguém que passa mais de oito horas na frente de um computador mas não faz parte de uma rede social, traz uma situação completamente diferente de alguém que faz. E é deste comportamento, o do integrante da rede social, que farei meu comentário.

Um dos preceitos básicos do ser humano, não importa que personalidade, é o da firmação social.

Isto significa conquistar um lugar em meio aos outros, ser amado e respeitado. Nenhuma novidade. Para isto é necessário o preceito da comunicação - seja através da fala, das letras, das roupas ou de qualquer item que consiga formar um pensamento na cabeça de outra pessoa.

No entanto, temos limitações.

Questões como a introversão, a comunicação disfuncional - seja por qualquer motivo que seja - oratória ruim ou até condutas de contracultura, acabam afastando o ser humano deste objetivo. Foi então que surgiu uma solução mágica, rápida e funcional - a comunicação virtual. Lá eu não preciso me preocupar com minha aparência, com meu nível de inteligência, se sou charmoso ou se o tom de minha voz agrada ou não. Posso ser totalmente quem eu quiser. E isso acaba gerando um espetáculo esquizofrênico, que toma horas preciosas de nosso dia e nossa saúde.

Pessoas que observam essas pessoas virtuais dia e noite. Discutem. Fazem humor. Tristeza.

Tudo aquilo que acontece aqui fora, na chamada realidade, também acontece lá dentro. A grande diferença está justamente na veracidade das coisas. Pois se já vivemos em um mundo onde temos por natural distorcer a realidade das coisas, imagine um do qual podemos fazer isto com bem mais facilidade e poder. Parece maravilhoso.

No entanto tudo isto não passa literalmente de uma droga. Um analgésico/alucinógeno que nos faz criar a realidade paralela da qual sonhamos ou mesmo, detestamos. Os comportamentos nas redes sociais são variados - dentre aqueles que usam elas como prazer, como aqueles que praticam o próprio masoquismo, vendo coisas que lhe causam sofrimento. 

Cuidado.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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domingo, 31 de março de 2019

APOLOGISMOS E COMPLEXOS


Vou começar com a parte da psicologia: complexo, segundo a linha junguiana, consiste em uma personificação extrema de determinado símbolo em um comportamento - extrema ao ponto de fazer a pessoa deixar de ser quem era, perder sua individualidade. É como começar a representar um personagem de teatro e literalmente tornar-se ele. 

O melhor exemplo de complexo que posso citar no momento, consiste nos apoiadores de Hitler e sua Alemanha Nazista. Os discursos do ditador sempre consistiam na apologia à coletividade e esquecimento do individual - o que fazia as pessoas serem verdadeiras máquinas em seu controle. Alguns devem estar se lembrando da filósofa Arendt e sua Banalidade do Mal ou qualquer outra explicação - consiste praticamente na mesma essência, na maioria das explicações que vi.

O nazismo consistia em um ideal político, resumidamente. Tratava-se de uma forma de acreditar em algo, uma ideologia. Porém, a ideologia pode acabar extravasando os limites da mente humana, como vemos neste caso. Podemos ficar realmente de cabeça oca, possuídos por determinado pensamento que não saiu de nossa própria criação.

Aqui entram também outras formas de ideologias.
Religiões, movimentos sociais, artistas, equipes de futebol, filosofias, marcas, personagens de entretenimento...todos eles têm o poder de literalmente de "possuir" uma pessoa e tomar sua individualidade, fazendo-a esquecer quem é realmente. Dentre as principais consequências disto pode haver a "simples" confusão mental até a terrível psicose.

Portanto, destruir o ídolo e não servir com intensidade doentia a qualquer causa, por mais humana e "certa" que seja, acaba sendo a melhor opção. Questionar sempre mesmo aquilo que mais amamos e acreditamos e não nos envolvermos doentiamente com nada (nem ninguém) que se preze é sempre uma boa opção. Saber dosar nossa relação com aquilo que é importante para nós.

Seja mais quem você é, unicamente.

Repito, unicamente.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

É DIREITO DO SEU FILHO SER ELE



Você já reparou como alguns filhos são parecidos com os pais? Ou diferentes?

Existem educadores, sejam pais ou não, que naturalmente ensinam coisas a seus aprendizes. Ensinam moral, ética, respeito – virtudes básicas que todo ser humano deve possuir para uma boa convivência. Nem sempre dá certo, pois a questão socioambiental não é a única que passa pelo desenvolvimento da mente de um ser humano. Existe também a biológica – mais precisamente, genética – assim como até outras. Depende muito da qualidade de ensino e do ambiente familiar – como os pais são no dia a dia, se tratam entre si e se comunicam com seus pequenos.

Também são ensinados os princípios da sobrevivência ou mesmo, da felicidade.

Os pequenos são estimulados a estudarem, a trabalhar, a construírem boas relações sociais. Tudo para que sejam pessoas felizes e bem-sucedidas, o grande objetivo de seus tutores. E que da mesma forma, são valores e comportamentos extremamente difíceis de pertencerem à conduta dos aprendizandos, pois como já citei, existem tantas variáveis.

Por fim, existem pais que ensinam coisas no mínimo curiosas para seus filhos – ensinam seus próprios egos. E aí que o problema fica ainda maior, pois isto é praticamente impossível - não se pode fazer com que alguém seja alguém que não seja; apenas enganar.

São pais que vêem nos filhos uma forma de recomeçar a própria vida – ou algo parecido. Desta forma, inserem neles o que eu chamaria de preferências ou ideologias, como religião e time de futebol, sem lhes permitir que pensem diferente. Claro que vai muito mais além – até mesmo roupas ou cortes de cabelo, para ficarem "iguais" são exigidos. Ou mesmo projetos que vão além do que os próprios pais foram – querem presidentes, médicos, jogadores de futebol. Sentem como se fossem donos da alma dos pequenos até mesmo a ponto de escolherem suas preferências sexuais e até nutricionais.

Aqui acaba se cruzando a linha do saudável.

Sem dúvidas que é dever dos pais ensinar as virtudes humanas, como o respeito e as linhas da sobrevivência, que envolve o estudo e o trabalho. No entanto, quando passo para as preferências íntimas e pessoais de meu pequeno, passo a sufocar sua individuação – o impedindo de se tornar uma pessoa legítima, com seu próprio caminho a seguir. Isto acaba causando diversos sintomas, como doenças emocionais e físicas, tristeza, angústia, rancor, vícios e até mesmo, confusão, loucura.

Permita que seu filho faça suas próprias escolhas. É direito dele. É um requerimento da saúde.

E se ele fizer alguma da qual visivelmente o coloque em perigo, assim como pessoas ao seu redor (como querer uma faca de aniversário), se sente e explique o porquê ainda não é o momento disso acontecer. Pergunte o motivo. Dialogue. Não interfira nas cores que seu filho gosta ou no estilo de música que ouve – a não ser quando detém características de apologia ao ódio, de provocar sofrimento ao próximo. Acompanhe e fiscalize quem ele é ou não é, mas de uma maneira saudável, só interferindo quando realmente for necessário.

Lhe mostre as opções e não apenas a opção. Aquela que você prefere.

Isto é egoísmo. Isto gera doença.

Isto destrói vidas.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

ORGANIZANDO O CONHECIMENTO



Na era das "fake news" ou falsas notícias, muitas pessoas têm tido atitudes confusas ou mesmo ausência de atitudes no que se refere ao aprendizado – a arte de adquirir conhecimento.

Acredito que para que este problema seja resolvido, devemos começar das raízes, captando sua essência e por fim gerando uma mescla com a realidade atual.

É isto que este texto buscará fazer.

Inicialmente friso sobre o conceito de uma notícia – trata-se uma forma de conhecimento que possui o objetivo principal de ser ouvida e compreendida. O famoso, respeitado e hoje, questionado, educador brasileiro Paulo Freire definiu que toda forma de expressão humana poderia ser considerada conhecimento, afinal, por mais simples que fosse, dependia da habilidade cognitiva de seu portador para que ele o possuísse. Em outras palavras, um médico tratando de um infarto utiliza conhecimento – como um pescador que sabe os rios, mares e métodos para obter sucesso em sua caçada.

As notícias falsas foram efeitos colaterais da internet, dos quais sempre foram uma espécie de objetivo natural humano – fazer com que outras pessoas pensem da mesma forma que ele.

Assim, a desinformação acabou se tornando uma espécie de ópio do povo, do qual buscamos, ao nos deparar com as notícias, repassá-las com o objetivo de ideologizar o próximo, sem se importar com a credibilidade – basta que eu concorde, mesmo sendo mentira.

Outra consequência grave trazida por tudo isto foi desorganização do conhecimento, fazendo que um mecânico de ensino médio se sinta no direito de questionar um nutricionista de ensino superior, sobre formas saudáveis de comer – ignorando completamente os mínimos cinco anos que o cientista estudou o tema, naturalmente se especializando. Expandindo seu conhecimento.

Assim, o pensador contemporâneo francês Edgar Morin, aperfeiçoa o pensamento de Freire, concordando que sim, tudo que exige cognição é saber, mas que ao mesmo tempo, é necessário uma plena organização para que mantenha a funcionalidade. Assim sendo, conhecimento sem organização, sem credibilidade, segundo Morin é um conhecimento hierarquicamente inferior e disfuncional. E assim se definem as fake news – como a desvalorização dos diplomas e níveis de experiência prática. Desorganização do conhecimento, concluindo.

Por isso é importante quando buscamos o saber, checar sempre a credibilidade do veículo que nos passa o conhecimento – ainda que isto pode dar mais trabalho que imaginamos.

Hoje, conhecimento é organização. É funcionalidade. É "indeologismo".

O resto é lixo dialético.

Psicólogo Jean Fernandes, contato: (54) 99171 9492

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domingo, 17 de fevereiro de 2019

EDUCAÇÃO INFANTIL



Você já reparou como um bebê vem ao mundo se comparado com outras espécies de vida?

Dependente. Frágil. Completamente incapaz de fazer qualquer coisa por si-mesmo.

O significado disto é que nossa capacidade de desenvolver habilidades é lenta e precisa de estímulos, por mais incrível que seja o potencial da criança de aprendizado se comparado ao adulto.

Isto significa que, pela capacidade lenta de entendimento das coisas mais básicas, como comer ou dormir, imagine então o entendimento de emoções. Conhecimentos gerais, técnicos, religiosos ou políticos.. E por fim, funcionamentos sociais como ética, moral ou hierarquias.

Na base das idades, crianças são incapazes de entender certo ou errado ou que são seus pais quem mandam. O "aprendizado tradicional" delas disso provém através do medo e do reforço negativo, no momento que, após o pequeno fazer algo errado, seus pais o corrigem de forma bruta. Não, ela não está aprendendo que é errado, que dirá entendendo. Está apenas sobrevivendo - se preservando através do medo. Não preciso dizer que o movimento mais comum depois de episódios como esses é o choro.

O aprendizado infantil do respeito aos mais velhos, ao próximo e à sociedade só vem produtivamente através do diálogo. Sim, bem mais difícil que um grito ou uma palmada.

Mas realmente eficaz. Cientificamente.

Além de explicar o motivo das coisas para as crianças, ainda devemos "traduzi-lo" para sua idade cognitiva - isso é um tanto quanto difícil e a maior parte dos adultos não o quer fazer. Está preocupado com o trabalho ou quer descansar quando está em casa. Só que são detalhes como estes que no futuro irão formar uma pessoa inteligente e saudável ou alguém inseguro e com problemas emocionais.

Cuidado em como você trata seus filhos. O que acontece na infância é a base de toda vida.

Ódio, tristeza ou medo, certamente não formarão bons resultados.

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

POR QUE IR AO PSICÓLOGO NO INÍCIO DO ANO?



O tradicional rito que chamamos de Réveillon possui um detalhe significativo em sua simbologia moderna.

Renovação.

De alguma forma, a troca de ano nos impulsona a agir. Queremos arregaçar as mangas e tirar todas as teias de aranha que ainda sujam nossa vida. Iluminar nossas escuridões. Resolver aqueles problemas que em meses ou até anos, deixamos lá, parados, como uma xícara por lavar.

Falei sobre ir ao psicólogo, o profissional que lida com questões relacionadas à mente - que de alguma forma, acaba ficando ligado interdependentemente à qualquer assunto que seja. Dinheiro, relacionamentos, doenças fisiológicas, luto, enfim...qualquer coisa pode ser trazida pelo paciente e ambos devem fazer um trabalho conjunto para que a paz e a resolução seja alcançada. 
Mas isto pode ser difícil - falar de nós mesmos e nossos segredos não é cultural de nosso povo. Quanto mais entendermos e controlarmos nossas emoções, cognições e ações. É preciso aprender. Praticar.

Então? Gostaria de fazer uma boa limpeza em sua vida? Tirar tudo aquilo que não lhe agrada? Encontrar paz e combustível para a trilha de teus sonhos e objetivos?

Aproveite a coragem que a virada de ano lhe dá. Ela é única.

Logo, desaparecerá.

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

LEIA NO INÍCIO DE 2019


Às vezes presencio um tipo de cena cômica e comum em minha cidade: homens idosos ou em alguns casos, de meia idade, dirigindo camionetes gigantescas e caras, como carruagens nobres em meio à plebe urbana de trabalhadores, andarilhos e estudantes. 

Em grande parte dos casos, revestidos por roupas caras, juntamente com uma camada visível de gordura subcutânea abdominal. Ou mesmo, visceral – pessoas magras de aparência, mas que carregam por dentro de seus corpos, tantos ou mais problemas que um obeso de aparência.

Qualquer conhecedor da filosofia cristã interpretaria um caso destes fácil: o pecado da gula (intercalado com alguns outros como orgulho e avareza, talvez) em sua melhor representação – a gula que nem sempre está atrelada à comida, mas aos excessos, apontam os antigos pensadores cristãos.

E isto ainda retrata apenas um pré-conceito: não se sabe o que ainda mais lá pode estar. Dando um palpite mesquinho atrelado à ciência, talvez pressão alta, vícios, estresse, problemas emocionais, colesterol, dificuldade para caminhar...como se todos os dias que estes homens levantassem da cama, carregassem em suas próprias costas, tudo aquilo que têm, tendo então que prover uma odisseia para chegarem ao banheiro e escovarem seus dentes em suas pias automatizadas e de material caro.

Ninguém lhes tira a moral como boas ou más pessoas: talvez possam ser as mais agradáveis e benevolentes do mundo.

Porém, suas filosofias de vida acabaram fazendo, inconscientemente ou não, que fossem as piores pessoas, não para mim ou você que lê, mas para a pior pessoa do qual poderiam assim agir: eles próprios.

Casos individuais e talvez isolados como estes, nem são os que mais assustam e sim como algumas culturas os enxergam: bem-sucedidos, exemplos de determinação e liderança, referências das quais tantos querem ser como tal. Eles se tornaram o símbolo ilusório de felicidade e estabilidade dos tempos caóticos e líquidos atuais, como se todos aqueles que a este nível chegam, acabam por se tornarem deuses louvados por todos, com poderes burocráticos inimagináveis.

E o que é pior: isto não deixa de ser verdade.

No entanto, quem parece ter certa noção do que a vida representa e do valor que devemos dar à ela, já percebeu que talvez estas pessoas não sejam tão bem-sucedidas assim; mais do que isto – que são pessoas que estão em uma autêntica ladeira rumo à própria destruição, caso não mudem sua forma de viver.

É difícil conciliar todos os pontos da vida. Profissional, pessoal, social...eu até compreendo.

Porém, creio que este dito sucesso começa pelo mais sagrado bem humano: o corpo.

Somos aquilo que agimos, que pensamos, que comemos, que sonhamos...e se não tivermos uma "máquina" forte e robusta para enfrentar a caótica vida urbana, as possibilidades de fracasso são grandes – e não, não falo de fracasso profissional. É lá dentro, inclusive, que se localiza o combustível disto tudo – nossa mente, alma, espírito. Se tudo isto não for cuidado da forma que realmente merece, tudo que passamos e lutamos entra no rumo do em vão – tanta determinação para aos meus cinquenta anos, terminar tudo em um hospital, deixando minha família aos ventos. 

Refletamos sobre o que devemos priorizar nesta vida. Cinquenta foi só uma figura, mas pode ser quarenta, trinta...tudo depende de quanto valor damos a nós mesmos.

E não falo apenas de alimentação, exercícios, terapias ou descanso. Falo também de amor e de paz. De que as dezesseis horas em média que passamos acordados durante um dia, não carreguemos um piano, mas um sorriso – um sorriso que aponta como me sinto com meu corpo, meu trabalho, meu espírito. Minha vida.

Talvez você não precise de tanto assim, no quesito material. Independente, jamais deixe de cuidar dele – teu corpo, onde reside tua mente. Aqueles que fazem tudo acontecer.

Todos os dias. Todas as horas.

No final, ainda que não se tornes um símbolo de sucesso ao mundo, satisfará quem mais tu precisa para sentir que tudo valeu a pena:

Tu próprio. Bom início de ano.

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

MEDITAÇÕES II - 2019, LIVROS E A HUMANIDADE


Não se enganem com seu símbolo mais popular - pilhas de papel encadeadas por capas. Minha reflexão não se restringe unicamente a eles, como alguns idealistas têm divagado por aí.

Falo de informação. Mais importante ainda: comunicação - o processo de que determinada informação seja levada de uma mente humana para outra. E com isso se crie algo que não consigo definir em palavras.

Mas que para mim é algo como o sentido da vida. O combustível da humanidade.

Se existe uma crença minha inabalável é que toda a energia dos acontecimentos humanos provém disto que defini até agora. Gosto de usar a palavra "conhecimento" para descrevê-la, embora os livros lhe deem uma certa beleza artística. No entanto, a magia está longe de acontecer totalmente no papel ou não sei, na tela do celular ou do computador. É mais profundo. Bem mais.

Dentro. Nas mágicas que nosso corpo humano faz, entrelaçando física, pensamentos, emoções e espírito - chame tudo isto que estou falando exatamente como preferir.

Minha mensagem de Ano Novo é nada além disso: ao lugar de discursos positivistas, agradecimentos e etecetera, deixo esta tarefa para os outros. Quero que voltemos a dar valor ao conhecimento e sua expansão e que entendamos que sem ele, tão pouco podemos ser. Não podemos permitir que ninguém reduza sua propagação a algo secundário, colocando outras coisas como mais importantes.

Conhecimento constrói. Conhecimento faz acontecer. Conhecimento rege nossa essência humana.

Não importa se provém do papel. Da tecnologia. Do espírito. Letras. Vídeos. Real ou virtual. Não importa - está em todo lugar. Depende de sua capacidade de absorver. Refletir. Recriar.

Demos valor ao conceito humano raiz de tudo o que acontece.
Feliz Ano Novo. Que seu conhecimento se expanda.
Você não precisa de nada mais, acredite.

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

A ERA DA SOCIOPATIA


Um dos elementos mais populares da cultura pop, o Transtorno de Personalidade Antissocial vem se manifestando cada vez mais em nosso território.

A doença, muitas vezes incompreendida e outras, perigosa, acabou por se tornar mais vigente aos nossos olhos, dada a realidade cultural atual, sedada pelo ódio, senso de superioridade e diferença.

Falando um pouco dela, diferente do que se popularmente acredita, o doente nem sempre é uma pessoa violenta com desejos homicidas - na verdade, eu poderia dizer que este nível é um tanto quanto raro. A psicopatia ou sociopatia, seu nome popular, se caracteriza pela confusa atividade cerebral nas regiões responsáveis pelas emoções, induzindo comportamentos peculiares.

A maioria dos sociopatas pratica um estilo de vida egoísta, às vezes manipulador e completamente sem noção de empatia humana. Justamente por isto que normalmente não se tratam de homicidas com máscaras e sim pessoas que detém uma conduta da qual não conseguem compreender suas emoções próprias, não conseguindo assim ver o outro ser humano com igualdade. Tudo se baseia em seus desejos, por mais primitivos que sejam e por mais que tenham que ser imorais para consegui-los.

Não há cura documentada para a doença. E o nível de portadores pode ser maior do que imaginamos, podendo estarem simplesmente ao nosso lado.

Fiquemos alertas com pessoas que declamam discursos de ódio ou mesmo, agem.

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

O QUE É DEPRESSÃO? COMO CURAR?


Este texto é uma singela homenagem aos meus colegas criadores de conteúdo - juntamente com a tentativa de expressar às pessoas leigas uma visão pertinente desta doença, tão comentada nos dias atuais.

A verdade é que depressão é...bem, não se sabe de forma consensual exatamente do que se trata.

Nos guias médicos de doenças, existem cerca de cinco tipos de doenças que utilizam o termo "depressão". No entanto, às vezes a palavra está no título, - normalmente acompanhado de "Transtorno" - às vezes nos sintomas de outra doença - hipotireoidismo e epilepsia - por exemplo. Acaba ficando difícil chegar à uma visão geral.

Também há quem diga que a Depressão é uma forma de loucura.

A psicanálise se utilizava do termo "Melancolia" para se redigir ao que hoje chama de Depressão, definindo ela de forma filosófica schopenhaueriana como "ver a vida exatamente como ela é". Para estes psicanalistas, o que nos impede de sermos "depressivos" é justamente nossa capacidade de sonhar e fantasiar - imaginar coisas que estão aquém da realidade de nossos sentidos. Sem isso, seríamos loucos, depressivos e melancólicos.

O curioso é que algumas pessoas do meio da informação expressam algo tão difícil, com a maior facilidade do mundo.

Psiquiatras, psicólogos e psicanalistas e até mesmo outras profissões, como jornalismo e coaching, buscam ceder esta informação ao povo e fazem de forma generalista, simples e matemática - como uma operação de soma.

Mas então como saber o que é Depressão?

A única forma de entender este conceito é você e seu terapeuta fazendo um trabalho conjunto. Sozinho ou para seu amigo, você não irá encontrar mais do que uma informação generalista - que dificilmente se aplica ou se define ao indivíduo que você busca. Cada um de nós se torna depressivo de uma forma - com seus próprios e singulares sintomas. Desnecessário buscar informações ou mesmo soluções mirabolantes.

Faça terapia e, um dia, torcendo para que não, talvez você aprenda o que é depressão.

Sua depressão.

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domingo, 27 de janeiro de 2019

MEDITAÇÕES I



Neste período onde tanta informação circula, em de meus primeiros momentos do dia, uma delas vem até mim, despertando um momento de reflexão.

Tratava-se de questionamentos sobre interpretações bíblicas, sobre o que é verdade ou não é, etecetera e etecetera.

Meu primeiro movimento foi analisar se aquele texto havia de ter alguma veracidade. Interessado pelo assunto e estudante que sou, comecei então a ler e questioná-lo, da mesma forma que sua própria temática. Quando terminei, ainda que pudesse ter observado pertinências e erros, a grande conclusão havia de ter chegado em minha mente.

Primeiro sobre meu passado, quando fazia práticas exatamente como aquelas ali e que, no final das contas, não me levariam a lugar nenhum - de início.

Por sorte, percebi que sim, havia uma forma de fazer com que estas leituras tivessem proveito em minha vida. Algo que talvez pareça confuso assim falando, mas extremamente simples.

O segredo é apenas um: receber a comunicação.

Às vezes, principalmente em assuntos polêmicos como política e religião, nosso senso crítico acaba virando um cavalo indomável perante certas informações. Depois de tanto este estilo de vida sugar meu esforço, aprendi que por trás de cada expressão que alguém cria, há um ser humano com uma intenção. Pode ser saudável, doente, não importa. Mas o melhor mesmo é tentar entendê-la e depois compreender o porquê foi escrita. Ainda que eu discorde de tudo.

Tudo isto me trouxe paz. Hoje consigo ler sobre a maioria dos assuntos, transitando tranquilamente entre o que concordo e discordo. De emotivo ou intelectual, passou a se tornar divertido.

E você? Que tal caminhar comigo em lugares da mente que não conheces? Ou que apenas achas que realmente conhece?

Vamos juntos na Jornada da Alma. Minha profissão.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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