terça-feira, 14 de janeiro de 2020

FELIZES PARA SEMPRE X REALIDADE


Será mesmo que estão em lados opostos?

Ainda que autores acadêmicos renomados escrevam sobre a liquidez dos relacionamentos, ainda que a ciência aponte uma natureza poligâmica no homem e ainda que a própria vida nos mostre o quão todas estas questões estão certas, as pessoas ainda continuam acreditando no amor eterno, ainda que logo em seguida, pensamentos de razão surjam para apagá-lo.

Por que simplesmente não conseguimos entender que este amor não existe?

Talvez seja porque não seja bem assim. Acompanhem comigo.

A vida dos seres humanos, não importa de qual era, se Antiguidade, Idade Média ou Moderna, sempre carregou padrões de comportamento – essências, por assim dizer. Pessoas que nunca haviam tido o mínimo contato ou conversaram sobre arquitetura e engenharia, por exemplo, construíram monumentos de incrível semelhança – no caso, falo das pirâmides dos astecas e dos egípcios. Isso mostra que ainda que sejamos diferentes, no geral, somos iguais. Pelo menos um pouco.

E se o homem do passado, quer seja por motivos românticos, religiosos ou políticos estabeleceu este padrão de comportamento e o mesmo foi praticado e até divinizado pelas artes, mitos e religiões, por mais que a chamada ciência ou lógica tentem destruí-lo, jamais conseguirão. Faz parte de nossa alma. Talvez o símbolo cultural mais forte de todos os tempos.

E para os iluministas de plantão, que ainda insistem em validar terminante só o lógico, saibam que existem diversas espécies de animais que praticam o comportamento monogâmico. Saibam também que a vivência do episódio romântico, por mais fantasioso e imaginativo que seja, faz nosso cérebro produzir neurotransmissores de bem-estar e vício, equivalentes ao uso da cocaína.

Tudo que já existiu, na verdade existe ainda. Mesmo que em algum lugar – como em um livro de História.

E se com outras coisas são assim (como alquimia, magia e deuses pagãos), ainda estudadas e admiradas, o que dizer de algo que ainda é acreditado? Que ao nos casarmos, temos mesmo que por alguns segundos ou minutos, a certeza que durará para sempre? Uma certeza que somente aqueles que viveram podem minimamente descrever e que outros, mesmo que em negação, tanto buscam e almejam?

Será que o amor eterno não existe?

Acho que sabes a resposta.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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domingo, 3 de novembro de 2019

JULGAR



"Portanto, és indesculpável, ó homem, sejas quem for, quando julgas, porque a ti mesmo te condenas em tudo aquilo que julgas no teu semelhante; pois tu, que julgas, praticas exatamente as mesmas atitudes."

Romanos 2:1, Bíblia Cristã

Não é novidade para ninguém que as religiões, o ateísmo, a ciência e até mesmo a arte apresentam, em essência, semelhanças que parecem emergir o mesmo sentido, mudando somente a cultura, o idioma e a localidade. Por isso, ainda que você despreze outras crenças que não sejam a sua, ao fazer, estará fazendo, indiretamente, com a tua própria.

E este é o sentido deste texto.

Nos símbolos míticos e religiosos, sempre parece haver uma figura de sabedoria e bondade incondicional, que tem como tarefa direcionar a raça humana à paz. Jesus Cristo, da religião cristã pode ser considerado o mais famoso hoje em dia, assim como Moisés, tanto para os cristãos, como para os judeus.

Por sua influência, prefiro usar como referência a figura de Jesus.

Dentre suas tantas lições e ensinamentos, no mundo de hoje em dia ressalto sobre sua história com Maria Madalena, enquanto fala sobre o preceito humano de "nunca errar". Jesus ainda reforça essa tese no chamado Sermão do Monte, quando fala sobre o conceito de "dar a outra face" ao recebermos o tapa.

E assim acredito, religioso ou não, que se estes preceitos de não-julgamento ou de se combater a violência com a paz fossem seguidos, de fato, o grande objetivo de Cristo seria atingido - idem, objetivo da humanidade, ou seja, sua mais profunda paz. Ou pelo menos, boa parte dela.

Julgue menos ou não julgue. Não responda a maldade com maldade.

Depois me conte os resultados. Principalmente se fores cristão.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

SONHOS COM ANIMAIS


SONHOS COM ANIMAIS

Dentre os símbolos mais presentes no universo dos sonhos, os animais acabam tendo uma posição de destaque.

Não só pela frequência - principalmente no período da meia-idade - seu significado representa o que é mais primitivo e universal de nossa espécie humana.

A própria questão do significado, é um tanto quanto pessoal e temporal. A serpente, por exemplo, um dos animais "mais sonhados" pode representar tradicionalmente questões sexuais, de poder (conhecido como "fálicas") e negativas, associadas ao mito bíblico de Adão e Eva.

Porém, também pode representar a grandiosidade de um período de esforço que resultou ou resultará em uma grande conquista - representado pela sua semelhança com seu irmão, dragão, através do mito japonês da carpa e do rio.

Estes dois exemplos são apenas uma pequenez diante do mar de representações que este animal possui em todas as culturas e tempos, nos lembrando o quão variante nossa mente pode ser e o quão nem sempre o significado das coisas caminha pelo local, tradicional, conservador.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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terça-feira, 4 de junho de 2019

HONRA


HONRA

Quando iniciei minha vida adulta, depois da adolescência, eu acreditava que as coisas eram simplesmente como tinham que ser.

De verdade.

Se a regra era de que para ser atendido no banco, na fila a pessoa deveria esperar, assim deveria ser - jamais eu imaginava que poderia ser de outro jeito.

Isto não quer dizer que eu fosse perfeito ou não desobedece meus pais ou as regras de minha escola - mas era assim que eu imaginava que o adulto deveria ser.

A infância e a adolescência eram escolas de conduta, em minha cabeça, para que ao crescermos, todas as nossas falhas estivessem corrigidas. Só que este meu ponto de vista era, digamos, mais social do que individual. Como citei no exemplo da fila, quando íamos pagar uma conta e ela era certo valor, certo valor que deveria ser pago. Nem mais, nem menos. Não imaginava coisas como "pechinchar" ou "negociar". Aquilo que era, era o que deveria ser.

Da mesma forma, o estudo.

Aquele que tirasse notas boas, tenderia a ter um bom emprego e receberia um bom dinheiro. Havia uma ligação matemática em minha cabeça entre notas, conhecimento e sucesso profissional. Assim era ensinado por nossos pais e professores, assim deveria ser. Totalmente simples.

No entanto quando cresci e conforme fui vivendo, conhecendo a sociedade e percebendo que o adulto era honradamente inferior à criança e ao adolescente, fiquei abismado. Levei anos para aceitar e ainda mais me adaptar, caso contrário, seria engolido. Hoje, conciliar honra, sucesso e paz é um verdadeiro desafio. Muitos acabam abrindo mão de algum dos três - o preferido sendo a honra.

Apesar deste choque ideológico que vivi, ainda tenho a honra como o sentido de minha vida. E nada nem ninguém me fará pensar diferente. Mesmo que eu viva em um mundo onde ela foi completamente esquecida. Ridicularizada.

A vida então segue. Vou caminhando e carregando o cerne de minha alma, que diz:

Uma vida sem honra, é uma vida sem vida.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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quinta-feira, 30 de maio de 2019

A DEPENDÊNCIA DAS REDES SOCIAIS




Antes de iniciar o texto, gostaria de esclarecer um conceito.. Estou falando de redes sociais, de comunicação virtual, não necessariamente de tecnologia. Podem acreditar, mas alguém que passa mais de oito horas na frente de um computador mas não faz parte de uma rede social, traz uma situação completamente diferente de alguém que faz. E é deste comportamento, o do integrante da rede social, que farei meu comentário.

Um dos preceitos básicos do ser humano, não importa que personalidade, é o da firmação social.

Isto significa conquistar um lugar em meio aos outros, ser amado e respeitado. Nenhuma novidade. Para isto é necessário o preceito da comunicação - seja através da fala, das letras, das roupas ou de qualquer item que consiga formar um pensamento na cabeça de outra pessoa.

No entanto, temos limitações.

Questões como a introversão, a comunicação disfuncional - seja por qualquer motivo que seja - oratória ruim ou até condutas de contracultura, acabam afastando o ser humano deste objetivo. Foi então que surgiu uma solução mágica, rápida e funcional - a comunicação virtual. Lá eu não preciso me preocupar com minha aparência, com meu nível de inteligência, se sou charmoso ou se o tom de minha voz agrada ou não. Posso ser totalmente quem eu quiser. E isso acaba gerando um espetáculo esquizofrênico, que toma horas preciosas de nosso dia e nossa saúde.

Pessoas que observam essas pessoas virtuais dia e noite. Discutem. Fazem humor. Tristeza.

Tudo aquilo que acontece aqui fora, na chamada realidade, também acontece lá dentro. A grande diferença está justamente na veracidade das coisas. Pois se já vivemos em um mundo onde temos por natural distorcer a realidade das coisas, imagine um do qual podemos fazer isto com bem mais facilidade e poder. Parece maravilhoso.

No entanto tudo isto não passa literalmente de uma droga. Um analgésico/alucinógeno que nos faz criar a realidade paralela da qual sonhamos ou mesmo, detestamos. Os comportamentos nas redes sociais são variados - dentre aqueles que usam elas como prazer, como aqueles que praticam o próprio masoquismo, vendo coisas que lhe causam sofrimento. 

Cuidado.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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domingo, 31 de março de 2019

APOLOGISMOS E COMPLEXOS


Vou começar com a parte da psicologia: complexo, segundo a linha junguiana, consiste em uma personificação extrema de determinado símbolo em um comportamento - extrema ao ponto de fazer a pessoa deixar de ser quem era, perder sua individualidade. É como começar a representar um personagem de teatro e literalmente tornar-se ele. 

O melhor exemplo de complexo que posso citar no momento, consiste nos apoiadores de Hitler e sua Alemanha Nazista. Os discursos do ditador sempre consistiam na apologia à coletividade e esquecimento do individual - o que fazia as pessoas serem verdadeiras máquinas em seu controle. Alguns devem estar se lembrando da filósofa Arendt e sua Banalidade do Mal ou qualquer outra explicação - consiste praticamente na mesma essência, na maioria das explicações que vi.

O nazismo consistia em um ideal político, resumidamente. Tratava-se de uma forma de acreditar em algo, uma ideologia. Porém, a ideologia pode acabar extravasando os limites da mente humana, como vemos neste caso. Podemos ficar realmente de cabeça oca, possuídos por determinado pensamento que não saiu de nossa própria criação.

Aqui entram também outras formas de ideologias.
Religiões, movimentos sociais, artistas, equipes de futebol, filosofias, marcas, personagens de entretenimento...todos eles têm o poder de literalmente de "possuir" uma pessoa e tomar sua individualidade, fazendo-a esquecer quem é realmente. Dentre as principais consequências disto pode haver a "simples" confusão mental até a terrível psicose.

Portanto, destruir o ídolo e não servir com intensidade doentia a qualquer causa, por mais humana e "certa" que seja, acaba sendo a melhor opção. Questionar sempre mesmo aquilo que mais amamos e acreditamos e não nos envolvermos doentiamente com nada (nem ninguém) que se preze é sempre uma boa opção. Saber dosar nossa relação com aquilo que é importante para nós.

Seja mais quem você é, unicamente.

Repito, unicamente.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

É DIREITO DO SEU FILHO SER ELE



Você já reparou como alguns filhos são parecidos com os pais? Ou diferentes?

Existem educadores, sejam pais ou não, que naturalmente ensinam coisas a seus aprendizes. Ensinam moral, ética, respeito – virtudes básicas que todo ser humano deve possuir para uma boa convivência. Nem sempre dá certo, pois a questão socioambiental não é a única que passa pelo desenvolvimento da mente de um ser humano. Existe também a biológica – mais precisamente, genética – assim como até outras. Depende muito da qualidade de ensino e do ambiente familiar – como os pais são no dia a dia, se tratam entre si e se comunicam com seus pequenos.

Também são ensinados os princípios da sobrevivência ou mesmo, da felicidade.

Os pequenos são estimulados a estudarem, a trabalhar, a construírem boas relações sociais. Tudo para que sejam pessoas felizes e bem-sucedidas, o grande objetivo de seus tutores. E que da mesma forma, são valores e comportamentos extremamente difíceis de pertencerem à conduta dos aprendizandos, pois como já citei, existem tantas variáveis.

Por fim, existem pais que ensinam coisas no mínimo curiosas para seus filhos – ensinam seus próprios egos. E aí que o problema fica ainda maior, pois isto é praticamente impossível - não se pode fazer com que alguém seja alguém que não seja; apenas enganar.

São pais que vêem nos filhos uma forma de recomeçar a própria vida – ou algo parecido. Desta forma, inserem neles o que eu chamaria de preferências ou ideologias, como religião e time de futebol, sem lhes permitir que pensem diferente. Claro que vai muito mais além – até mesmo roupas ou cortes de cabelo, para ficarem "iguais" são exigidos. Ou mesmo projetos que vão além do que os próprios pais foram – querem presidentes, médicos, jogadores de futebol. Sentem como se fossem donos da alma dos pequenos até mesmo a ponto de escolherem suas preferências sexuais e até nutricionais.

Aqui acaba se cruzando a linha do saudável.

Sem dúvidas que é dever dos pais ensinar as virtudes humanas, como o respeito e as linhas da sobrevivência, que envolve o estudo e o trabalho. No entanto, quando passo para as preferências íntimas e pessoais de meu pequeno, passo a sufocar sua individuação – o impedindo de se tornar uma pessoa legítima, com seu próprio caminho a seguir. Isto acaba causando diversos sintomas, como doenças emocionais e físicas, tristeza, angústia, rancor, vícios e até mesmo, confusão, loucura.

Permita que seu filho faça suas próprias escolhas. É direito dele. É um requerimento da saúde.

E se ele fizer alguma da qual visivelmente o coloque em perigo, assim como pessoas ao seu redor (como querer uma faca de aniversário), se sente e explique o porquê ainda não é o momento disso acontecer. Pergunte o motivo. Dialogue. Não interfira nas cores que seu filho gosta ou no estilo de música que ouve – a não ser quando detém características de apologia ao ódio, de provocar sofrimento ao próximo. Acompanhe e fiscalize quem ele é ou não é, mas de uma maneira saudável, só interferindo quando realmente for necessário.

Lhe mostre as opções e não apenas a opção. Aquela que você prefere.

Isto é egoísmo. Isto gera doença.

Isto destrói vidas.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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