terça-feira, 4 de junho de 2019

HONRA


HONRA

Quando iniciei minha vida adulta, depois da adolescência, eu acreditava que as coisas eram simplesmente como tinham que ser.

De verdade.

Se a regra era de que para ser atendido no banco, na fila a pessoa deveria esperar, assim deveria ser - jamais eu imaginava que poderia ser de outro jeito.

Isto não quer dizer que eu fosse perfeito ou não desobedece meus pais ou as regras de minha escola - mas era assim que eu imaginava que o adulto deveria ser.

A infância e a adolescência eram escolas de conduta, em minha cabeça, para que ao crescermos, todas as nossas falhas estivessem corrigidas. Só que este meu ponto de vista era, digamos, mais social do que individual. Como citei no exemplo da fila, quando íamos pagar uma conta e ela era certo valor, certo valor que deveria ser pago. Nem mais, nem menos. Não imaginava coisas como "pechinchar" ou "negociar". Aquilo que era, era o que deveria ser.

Da mesma forma, o estudo.

Aquele que tirasse notas boas, tenderia a ter um bom emprego e receberia um bom dinheiro. Havia uma ligação matemática em minha cabeça entre notas, conhecimento e sucesso profissional. Assim era ensinado por nossos pais e professores, assim deveria ser. Totalmente simples.

No entanto quando cresci e conforme fui vivendo, conhecendo a sociedade e percebendo que o adulto era honradamente inferior à criança e ao adolescente, fiquei abismado. Levei anos para aceitar e ainda mais me adaptar, caso contrário, seria engolido. Hoje, conciliar honra, sucesso e paz é um verdadeiro desafio. Muitos acabam abrindo mão de algum dos três - o preferido sendo a honra.

Apesar deste choque ideológico que vivi, ainda tenho a honra como o sentido de minha vida. E nada nem ninguém me fará pensar diferente. Mesmo que eu viva em um mundo onde ela foi completamente esquecida. Ridicularizada.

A vida então segue. Vou caminhando e carregando o cerne de minha alma, que diz:

Uma vida sem honra, é uma vida sem vida.

Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492

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