terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
É DIREITO DO SEU FILHO SER ELE
Você já reparou como alguns filhos são parecidos com os pais? Ou diferentes?
Existem educadores, sejam pais ou não, que naturalmente ensinam coisas a seus aprendizes. Ensinam moral, ética, respeito – virtudes básicas que todo ser humano deve possuir para uma boa convivência. Nem sempre dá certo, pois a questão socioambiental não é a única que passa pelo desenvolvimento da mente de um ser humano. Existe também a biológica – mais precisamente, genética – assim como até outras. Depende muito da qualidade de ensino e do ambiente familiar – como os pais são no dia a dia, se tratam entre si e se comunicam com seus pequenos.
Também são ensinados os princípios da sobrevivência ou mesmo, da felicidade.
Os pequenos são estimulados a estudarem, a trabalhar, a construírem boas relações sociais. Tudo para que sejam pessoas felizes e bem-sucedidas, o grande objetivo de seus tutores. E que da mesma forma, são valores e comportamentos extremamente difíceis de pertencerem à conduta dos aprendizandos, pois como já citei, existem tantas variáveis.
Por fim, existem pais que ensinam coisas no mínimo curiosas para seus filhos – ensinam seus próprios egos. E aí que o problema fica ainda maior, pois isto é praticamente impossível - não se pode fazer com que alguém seja alguém que não seja; apenas enganar.
São pais que vêem nos filhos uma forma de recomeçar a própria vida – ou algo parecido. Desta forma, inserem neles o que eu chamaria de preferências ou ideologias, como religião e time de futebol, sem lhes permitir que pensem diferente. Claro que vai muito mais além – até mesmo roupas ou cortes de cabelo, para ficarem "iguais" são exigidos. Ou mesmo projetos que vão além do que os próprios pais foram – querem presidentes, médicos, jogadores de futebol. Sentem como se fossem donos da alma dos pequenos até mesmo a ponto de escolherem suas preferências sexuais e até nutricionais.
Aqui acaba se cruzando a linha do saudável.
Sem dúvidas que é dever dos pais ensinar as virtudes humanas, como o respeito e as linhas da sobrevivência, que envolve o estudo e o trabalho. No entanto, quando passo para as preferências íntimas e pessoais de meu pequeno, passo a sufocar sua individuação – o impedindo de se tornar uma pessoa legítima, com seu próprio caminho a seguir. Isto acaba causando diversos sintomas, como doenças emocionais e físicas, tristeza, angústia, rancor, vícios e até mesmo, confusão, loucura.
Permita que seu filho faça suas próprias escolhas. É direito dele. É um requerimento da saúde.
E se ele fizer alguma da qual visivelmente o coloque em perigo, assim como pessoas ao seu redor (como querer uma faca de aniversário), se sente e explique o porquê ainda não é o momento disso acontecer. Pergunte o motivo. Dialogue. Não interfira nas cores que seu filho gosta ou no estilo de música que ouve – a não ser quando detém características de apologia ao ódio, de provocar sofrimento ao próximo. Acompanhe e fiscalize quem ele é ou não é, mas de uma maneira saudável, só interferindo quando realmente for necessário.
Lhe mostre as opções e não apenas a opção. Aquela que você prefere.
Isto é egoísmo. Isto gera doença.
Isto destrói vidas.
Psicólogo Jean Fernandes, (54) 99171 9492
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